terça-feira, 15 de julho de 2014


Saúde e Educação


Saúde: Qualquer pessoa que viva na Suíça é obrigada a ter um seguro de saúde e contra acidentes. A população ativa também contribui de forma compulsória ao sistema previdenciário helvético.
Em colaboração com diversos órgãos do governo helvético e de ONGs suíças, apresentamos aqui um guia completo sobre o sistema de saúde e de seguro social da Suíça.
Saúde na Suíça é um assunto sério. O sistema já passou por diversas reformas, mas é considerado um dos melhores da Europa apesar dos custos exorbitantes e aumentos constantes dos prêmios do seguro obrigatório. Todos os anos partidos políticos debatem formas de reduzir as taxas sem encontrar uma solução. De fato, os preços acompanham o envelhecimento da população e desenvolvimento da tecnologia.

Por lei, todo suíço deve ter um seguro obrigatório, contratado a uma seguradora privada. Outros seguros privados existem como complementação e oferecem apenas aquilo que não é coberto pelo seguro-obrigatório: quartos individuais, contato com o médico-chefe ou assistência odontológica, por exemplo.

Educação: Uma característica marcante do ensino suíço é a diversidade. A diversidade linguística do país é apenas uma das muitas particularidades de seus Cantões, diferenças que se estendem também ao sistema educacional.
Estruturalmente, o Cantão assume a responsabilidade pelas escolas, enquanto a Comuna (município) cuida da administração destas. Isso ocasiona diferenças curriculares e administrativas entre as escolas de todo o país. Todas essas diferenças são, entretanto, regidas com muita maestria pelo governo geral, o que proporciona ao estudante boa aceitação e possibilidade de intercâmbio dentro e fora do país. Veja a seguir como funciona o famoso sistema de educação suíço.

Educação Infantil e Ensino Fundamental (obrigatório)
A maioria dos alunos suíços (cerca de 95% ) freqüenta uma instituição pública na comuna onde reside e somente 5% da população paga uma escola privada.

A escola pública cumpre um importante papel na integração social: crianças com diversas origens sociais, culturais e linguísticas frequentam a mesma escola, promovendo o convívio com as diferenças e a integração já desde o início de sua formação.

Todos os Cantões oferecem uma Educação Infantil que é gratuita e dura em média, de um a dois anos (Jardim de Infância). Uma exceção é o Cantão Ticino, onde a Educação Infantil dura três anos.

O Ensino obrigatório, assim como no Brasil, inicia-se aos seis anos de idade e dura nove anos, entre Ensino Fundamental I (seis anos de duração, em média) e II (três anos de duração). Uma particularidade do ensino suíço em alguns Cantões, é a divisão das turmas por rendimento. Há também a possibilidade de, já nesse estágio inicial, focar os estudos numa área do conhecimento que mais interesse ao aluno, como por exemplo línguas, matemática, ciências biológicas.

Um outro ponto forte das escolas suíças é o ensino de idiomas. Com a diversidade linguística que abrange o alemão, o francês, o italiano e o romanche como línguas maternas, o idioma em que são ministradas as aulas, difere conforme a região linguística do país. Ainda durante o ensino Fundamental, os alunos aprendem no mínimo dois outros idiomas além da língua materna: normalmente uma segunda língua nacional e o inglês.

A organização descentralizada e federativa na área da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, possibilita o respeito às diferenças culturais e regionais. Existem, entretanto, diretrizes superiores da Confederação para as regras mais importantes, como a idade de ingresso na escola obrigatória ou a duração da mesma.

Formação pós-obrigatória
A formação pós-obrigatória (Ensino Médio e Faculdade) normalmente é baseada em decretos federais ou inter-cantonais. Os Cantões são responsáveis pela execução e direção das escolas. A única exceção é a ETH (Instituto Federal Suíço de Tecnologia) em Zurique, que é dirigida pela Confederação.

Cerca de 90% dos adolescentes da Suíça terminam a escola no nível do Ensino Médio com 18/19 anos. Isto lhes permite o acesso direto à uma formação técnica profissional, uma escola superior ou universidade.

O sistema educacional da Suíça se destaca nos seguintes pontos:
  • Flexibilidade: existem várias possibilidades de se iniciar ou retomar uma formação ou os estudos normais. 
  • Grande variedade de opções de formação: quem tem as qualificações necessárias, pode, em princípio, realizar a formação desejada, no lugar desejado, sem a necessidade de exames admissionais.
Somente o curso de medicina apresenta vagas limitadas. Para esse curso os candidatos devem passar por um processo seletivo (Numerus Clausus), sendo que apenas os melhores colocados obtém a vaga.

Os diplomas cantonais são amplamente reconhecidos, garantindo ao formando mobilidade nacional e internacional.
Na perspectiva de ampliar as possibilidades de internacionalização e intercâmbio, as Universidades Suíças têm aderido, cada dia mais, ao Tratado de Bologna, um acordo da UE que divide os cursos universitários em Bachlor (BA) e Master (MA). Essa nova organização curricular, apesar de recente e ainda em processo de implantação e aperfeiçoamento, favorece o reconhecimento internacional e o intercâmbio de estudantes por todo o mundo.


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