Saúde e Educação
Saúde: Qualquer pessoa que viva na Suíça é obrigada a ter um seguro de saúde e contra acidentes. A população ativa também contribui de forma compulsória ao sistema previdenciário helvético.
Em
colaboração com diversos órgãos do governo helvético e de ONGs suíças, apresentamos
aqui um guia completo sobre o sistema de saúde e de seguro social da Suíça.
Saúde na
Suíça é um assunto sério. O sistema já passou por diversas reformas, mas é
considerado um dos melhores da Europa apesar dos custos exorbitantes e aumentos
constantes dos prêmios do seguro obrigatório. Todos os anos partidos políticos
debatem formas de reduzir as taxas sem encontrar uma solução. De fato, os
preços acompanham o envelhecimento da população e desenvolvimento da
tecnologia.
Por lei, todo suíço deve ter um seguro obrigatório, contratado a uma seguradora
privada. Outros seguros privados existem como complementação e oferecem apenas
aquilo que não é coberto pelo seguro-obrigatório: quartos individuais, contato
com o médico-chefe ou assistência odontológica, por exemplo.
Educação: Uma
característica marcante do ensino suíço é a diversidade. A diversidade
linguística do país é apenas uma das muitas particularidades de seus Cantões,
diferenças que se estendem também ao sistema educacional.
Estruturalmente, o Cantão assume a responsabilidade pelas escolas, enquanto a
Comuna (município) cuida da administração destas. Isso ocasiona diferenças
curriculares e administrativas entre as escolas de todo o país. Todas essas
diferenças são, entretanto, regidas com muita maestria pelo governo geral, o
que proporciona ao estudante boa aceitação e possibilidade de intercâmbio
dentro e fora do país. Veja a seguir como funciona o famoso sistema de educação
suíço.
Educação Infantil e Ensino Fundamental
(obrigatório)
A maioria dos alunos
suíços (cerca de 95% ) freqüenta uma instituição pública na comuna onde reside
e somente 5% da população paga uma escola privada.
A escola pública cumpre um importante papel na integração social: crianças com
diversas origens sociais, culturais e linguísticas frequentam a mesma escola,
promovendo o convívio com as diferenças e a integração já desde o início de sua
formação.
Todos os Cantões oferecem uma Educação Infantil que é gratuita e dura em média,
de um a dois anos (Jardim de Infância). Uma exceção é o Cantão Ticino, onde a
Educação Infantil dura três anos.
O Ensino obrigatório, assim como no Brasil, inicia-se aos seis anos de idade e
dura nove anos, entre Ensino Fundamental I (seis anos de duração, em média) e
II (três anos de duração). Uma particularidade do ensino suíço em alguns
Cantões, é a divisão das turmas por rendimento. Há também a possibilidade de,
já nesse estágio inicial, focar os estudos numa área do conhecimento que mais
interesse ao aluno, como por exemplo línguas, matemática, ciências biológicas.
Um outro ponto forte das escolas suíças é o ensino de idiomas. Com a
diversidade linguística que abrange o alemão, o francês, o italiano e o
romanche como línguas maternas, o idioma em que são ministradas as aulas,
difere conforme a região linguística do país. Ainda durante o ensino
Fundamental, os alunos aprendem no mínimo dois outros idiomas além da língua
materna: normalmente uma segunda língua nacional e o inglês.
A organização descentralizada e federativa na área da Educação Infantil e do
Ensino Fundamental, possibilita o respeito às diferenças culturais e regionais.
Existem, entretanto, diretrizes superiores da Confederação para as regras mais
importantes, como a idade de ingresso na escola obrigatória ou a duração da
mesma.
Formação pós-obrigatória
A formação
pós-obrigatória (Ensino Médio e Faculdade) normalmente é baseada em decretos
federais ou inter-cantonais. Os Cantões são responsáveis pela execução e
direção das escolas. A única exceção é a ETH (Instituto Federal Suíço de
Tecnologia) em Zurique, que é dirigida pela Confederação.
Cerca de 90% dos adolescentes da Suíça terminam a escola no nível do Ensino
Médio com 18/19 anos. Isto lhes permite o acesso direto à uma formação técnica
profissional, uma escola superior ou universidade.
O sistema educacional da Suíça se destaca nos seguintes pontos:
- Flexibilidade: existem várias possibilidades
de se iniciar ou retomar uma formação ou os estudos normais.
- Grande variedade de opções de formação: quem
tem as qualificações necessárias, pode, em princípio, realizar a formação
desejada, no lugar desejado, sem a necessidade de exames admissionais.
Somente o curso de medicina apresenta
vagas limitadas. Para esse curso os candidatos devem passar por um processo
seletivo (Numerus Clausus), sendo que apenas os melhores colocados obtém a
vaga.
Os diplomas cantonais são amplamente reconhecidos, garantindo ao formando
mobilidade nacional e internacional.
Na perspectiva de ampliar as possibilidades de internacionalização e
intercâmbio, as Universidades Suíças têm aderido, cada dia mais, ao Tratado de
Bologna, um acordo da UE que divide os cursos universitários em Bachlor (BA) e
Master (MA). Essa nova organização curricular, apesar de recente e ainda em
processo de implantação e aperfeiçoamento, favorece o reconhecimento
internacional e o intercâmbio de estudantes por todo o mundo.